A cidade de Nova York concordou em pagar US$ 17,5 milhões (R$ 88 milhões, pela cotação atual) em indenização para encerrar um processo de duas norte-americanas muçulmanas que afirmaram que a polícia violou seus direitos após prendê-las e forçá-las a remover seus hijabs — vestimenta religiosa usada sobre a cabeça — antes de serem fotografadas.
Elas foram presas por violarem ordens de proteção que, segundo ambas, eram falsas. Para seus advogados, remover os tecidos foi como se elas tivessem sofrido uma revista nuas.
“Quando eles me forçaram a tirar o meu hijab, senti que estava nua”, afirmou Clark em comunicado emitido pelos seus advogados. “Não sei se palavras podem explicar o quão exposta eu me senti.”
Os pagamentos totalizarão US$ 13,1 milhões depois que os custos do processo forem deduzidos.
Outros casos
Em 2020, e em resposta ao processo, a polícia de Nova York concordou que homens e mulheres poderiam usar os aparatos ao serem fichados, contanto que seus rostos estivessem à mostra.
Esses dois processos não são os dois únicos na Justiça de Nova York: há 3.600 queixas semelhantes.
Foi feito um acordo preliminar coletivo para todos os casos de homens ou mulheres que foram obrigados a remover seus trajes religiosos antes de serem fotografados. Cada pessoa receberá entre US$ 7,8 mil e US$ 13,1 mil.