A inflação da Argentina subiu 13,2% em fevereiro, apontou o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) divulgado nesta terça-feira (12) pelo Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (Indec) do país. Com o resultado, o aumento dos preços chegou a 276,2% em 12 meses.
Apesar da alta, o número representa uma desaceleração em comparação ao observado em janeiro, quando os preços subiram 20,6%.
O movimento foi puxado principalmente pela inflação dos segmentos de Comunicações (24,7%), Transporte (21,6%) e Habitação, Água, Eletricidade, Gás e Outros Combustíveis (20,2%).
Um dia antes da divulgação da inflação oficial, o Banco Central da Argentina anunciou a redução da taxa básica de juros do país de 100% para 80% ao ano.
Ao justificar a decisão, a autoridade monetária afirmou que, “desde 10 de dezembro de 2023, a situação econômica apresenta sinais visíveis de redução da incerteza macroeconômica”. Informou ainda que o país está em uma “trajetória de queda da inflação no varejo”.
Ao assumir a Presidência da Argentina, Javier Milei implementou medidas duras para combater a inflação, incluindo cortes nas despesas do Estado.
O governo de Milei também desvalorizou o peso em mais de 50% em dezembro, o que fez com que os preços subissem mais rapidamente.
Os novos dados de inflação, divulgados nesta terça, consolidam a posição da Argentina como o país com a pior inflação do mundo — o que tem prejudicado o poder de compra a aumentado a pobreza.
Nesse sentido, especialistas reforçam que o presidente argentino precisa de demonstrar — e rapidamente — que o seu plano econômico está rendendo frutos, para evitar novas agitação nas ruas.