O furacão Beryl, que se aproxima do Caribe com potencial de grande destruição, deverá tocar solo nas próximas horas, segundo um boletim do Centro Nacional de Furacões (CNH) dos Estados Unidos.
De acordo com o CNH, o furacão deve tocar solo por volta do meio-dia, pelo horário de Brasília, no sudeste do Caribe, onde estão países e ilhas como São Vicente e Granadina, Barbados e Granada.
Uma vasta área do Caribe está em alerta neste domingo (30) para um furacão que ganhou uma força atípica para a época e se aproxima de países e ilhas da região.
O furacão Beryl, que até a manhã de sábado (29) era uma tormenta tropical, se tornou um furacão e, neste domingo, subiu para a categoria 4, de uma escaça de 5. Segundo meteorologistas, o fenômeno é inédito no sul do Caribe em junho e extremamente perigoso.
O furacão deve atingir principalmente o sudeste do Caribe, segundo o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (NHC). Barbados, Santa Lúcia, São Vicente e Granadinas e Granada ativaram alertas por furacão, enquanto Martinica, Tobago e Dominica estão em alerta de tempestade tropical, detalhou o NHC no seu último comunicado.
As ilhas de Barlavento devem ser as primeiras a serem atingidas, na manhã de segunda-feira.
No fim de maio, a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA) disse esperar que a temporada de furacões deste ano “extraordinária”, com até sete tempestades de categoria 3 ou superior.
Com “ventos que ameaçam a vida”, Beryl é “agora um furacão de categoria 3 muito perigoso”, disse o centro no seu último boletim.
Um furacão é considerado de categoria 3 na escala padrão, a Saffir-Simpson, quando tem ventos de pelo menos 179 km/h. Já os de categoria 4 tem ventos sustentados de pelo menos 209 km/h.
Temperoada ‘extraordinária’
A Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA) declarou no final de maio que espera que este ano seja uma temporada de furacões “extraordinária”, com até sete tempestades de categoria 3 ou superior.
A agência citou as temperaturas quentes do oceano Atlântico e as condições relacionadas com o fenômeno climático La Niña no Pacífico para explicar o aumento das tempestades.
Nos últimos anos, os fenômenos meteorológicos extremos, incluindo furacões, tornaram-se mais frequentes e devastadores como resultado da mudança climática.