Ciência

Pesquisadores da área médica são premiados na Austrália

Drª. Dimitra Chatzileontiadou e Dr. Saimon Moraes Silva foram contemplados com o prestigiado prêmio

Os pesquisadores do LIMS, Drª. Dimitra Chatzileontiadou (Gras Group) e o brasileiro, Dr. Saimon Moraes Silva, foram contemplados com o prestigiado prêmio National Health and Medical Research Council (NHMRC) – Subsídios para Investigadores Emergentes 1, concedido pelo Conselho Nacional de Saúde e Pesquisa Médica da Austrália.

A Drª. Chatzileontiadou recebeu 688.405 dólares para explorar como os Antígenos Leucócitos Humanos (HLA) auxiliam o sistema imunológico no combate a infecções virais, incluindo a COVID-19. Embora já se saiba que os HLAs permitem que as células T identifiquem e eliminem vírus, como o SARS-CoV-2, os mecanismos que amplificam essa resposta imune ainda são pouco compreendidos.

Usando a COVID-19 como modelo, a pesquisadora busca desvendar os processos moleculares por trás das propriedades protetoras do HLA. Sua expectativa é que os resultados dessa pesquisa fundamental possam, no futuro, ser aplicados a diversas infecções virais, contribuindo para o desenvolvimento de vacinas e imunoterapias baseadas em células T.

Já o Dr. Saimon Moraes Silva, natural de Lagoa da Prata (MG) e diretor do Centro de Pesquisa Biomédica e Sensor Ambiental (BEST) da Universidade La Trobe, também foi agraciado com 688.405 dólares. Seu projeto visa desenvolver um biosensor portátil para detecção e monitoramento do carcinoma de células Merkel, um tipo raro e agressivo de câncer de pele.

Hoje, o diagnóstico desse câncer depende de métodos caros, que exigem laboratórios especializados e técnicos qualificados, além de demandar dias ou semanas para entrega de resultados – obstáculos que dificultam o rastreamento rotineiro. O biosensor proposto por Silva promete revolucionar esse cenário ao oferecer uma solução prática e acessível, capaz de identificar o câncer por meio da análise de biomarcadores de microRNA em amostras de sangue. O pesquisador espera não apenas criar um método mais rápido e econômico para diagnosticar o carcinoma de células Merkel, mas também impulsionar o avanço da tecnologia de biossensores na Austrália, possibilitando a criação de novos dispositivos portáteis que melhorem os desfechos de saúde, especialmente em comunidades regionais e remotas.

Ao todo, a Universidade La Trobe recebeu 1,8 milhão de dólares em financiamento para esses e outros projetos. Parabéns aos envolvidos, e que suas pesquisas tragam avanços significativos para a ciência e a saúde global!

  • Fonte da informação:
  • Leia na fonte original da informação
  • Deixe um comentário

    Botão Voltar ao topo
    Nova Conversa
    Escanear o código
    Olá 👋
    Como podemos te ajudar?