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Sonda mais próxima do Sol está ‘segura’ e ‘funciona normalmente’, diz Nasa

Parker entrou para a história na terça-feira (24) ao voar mais perto do Sol do que qualquer outro objeto humano. Primeiro sinal foi enviado nesta sexta-feira (27), pelo horário de Brasília.

A agência espacial dos Estados Unidos (Nasa) informou nesta sexta-feira (27) que a sonda solar Parker está “segura” e “operando normalmente” depois de completar com sucesso a maior aproximação do Sol já feita na história por objeto humano, de acordo com a agência de notícias Reuters.

A espaçonave passou a apenas 6,1 milhões de km da superfície solar em 24 de dezembro, voando na atmosfera externa do Sol, conhecida como coroa, em uma missão para ajudar cientistas a aprenderem mais sobre a estrela mais próxima da Terra.

Segundo a Nasa, a equipe de operações do Laboratório de Física Aplicada da Universidade Johns Hopkins, em Maryland, recebeu o sinal da sonda pouco antes da meia-noite desta sexta-feira. Agora, espera-se que a espaçonave envie dados detalhados sobre o seu status em 1º de janeiro.

“Esse estudo próximo do Sol permite que a Parker faça medições que ajudam os cientistas a entender melhor como o material nessa região é aquecido a milhões de graus, rastrear a origem do vento solar (um fluxo contínuo de material que escapa do Sol) e descobrir como partículas energéticas são aceleradas a velocidades próximas à da luz”, explicou a agência.

A sonda Parker entrou para a história na terça-feira (24) ao voar mais perto do Sol do que qualquer outra espaçonave, com seu escudo térmico exposto a temperaturas escaldantes de mais de 930 graus Celsius.

Lançada em agosto de 2018, a sonda iniciou uma missão de sete anos para coletar dados científicos do astro e ajudar a prever eventos climáticos espaciais que poderiam afetar a vida em nosso planeta.

O sobrevoo histórico da terça-feira deveria acontecer exatamente às 8h53 de Brasília, mas os cientistas da missão precisam aguardar até sexta-feira para obter a confirmação exata, pois o contato com a sonda é perdido por vários dias devido à proximidade com o Sol.

O escudo térmico da Parker é tão eficaz que os instrumentos internos da sonda permanecem em uma temperatura ambiente de cerca de 29°C enquanto ela continua sua exploração da atmosfera externa do Sol, chamada de coroa.

A Parker também se desloca a um ritmo vertiginoso, de quase 690 mil km/h, rápido o suficiente para voar de Washington, capital dos Estados Unidos, a Tóquio, no Japão, em menos de um minuto.

Em seu desafio às condições extremas, Parker tem ajudado cientistas a desvendarem alguns dos maiores mistérios do Sol: como se origina o vento solar, porque a coroa é mais quente do que a superfície abaixo e como se formam as ejeções de massa coronal (nuvens maciças de plasma ejetadas no espaço).

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