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Na América do Sul, só Chile e Paraguai têm horário de verão

Na próxima terça-feira (15), o Governo Federal deve definir pelo retorno ou não do Horário de Verão

Cerca de 70 países no mundo adotam algum tipo de horário de verão. A maior parte deles fica no Hemisfério Norte, especialmente na Europa e América do Norte (EUA e Canadá). Na América do Sul, apenas Chile e Paraguai adotam o modelo, já que o Brasil abandonou o sistema em 2019, no governo de Jair Bolsonaro.

Que países têm horário de verão?
A Austrália também ajusta seus relógios. Na Ásia, não há países com horário de verão. Japão e Rússia, por exemplo, já adotaram o modelo no passado, mas decidiram suspendê-lo. Na África, Egito, Marrocos e Mauritânia seguem o horário de verão.

Quem criou o horário de verão?

Não existe um consenso sobre a origem do horário de verão, mas alguns estudos afirmam que a primeira pessoa a propor sua adoção foi Benjamim Franklin, em 1784, nos Estados Unidos, quando percebeu que o sol nascia antes das pessoas se levantarem, durante alguns meses do ano, de acordo com o site do Ministério de Minas e Energia. Franklin, então, pensou que se as pessoas acordassem mais cedo, naquele período, poderiam aproveitar melhor a luz do dia, ao entardecer, e economizar velas, já que naquele tempo ainda não existia luz elétrica. Mas as suas ideias não despertaram o devido interesse das autoridades na época.

Qual foi o primeiro país a adotar o horário de verão?
O primeiro país a adotar o horário de verão em escala nacional foi a Alemanha, em 1916, ao lado da Áustria-Hungria (na época a Áustria e Hungria formavam um único império). A ideia era poupar carvão, já que essas nações estavam em guerra e precisavam de energia.

No mesmo ano, o Reino Unido aprovou a adoção do horário de verão. Vários países seguiram o modelo nos anos seguintes. Nos EUA, por exemplo, ele foi introduzido em 1918.

Quando começou o horário de verão no Brasil?

O horário de verão foi instituído no Brasil pelo então presidente Getúlio Vargas por meio do decreto 20.466, de 1º de outubro de 1931, com vigência de 3 de outubro de 1931 até 31 de março de 1932.

Sua adoção foi posteriormente revogada em 1933, tendo sido sucedida por períodos de alternância entre sua aplicação ou não, e também por alterações entre os estados e as regiões que o adotaram ao longo do tempo.

Nos últimos anos, houve mudanças no hábito de consumo de energia da população, deslocando o maior consumo diário de energia para o período da tarde. Foram feitos estudos e se constatou que os resultados para os quais essa política pública foi formulada não eram mais os mesmos, não havia redução no consumo de energia. Assim, o governo de Jair Bolsonaro decidiu suspender o modelo.

O horário de verão vai voltar em 2024?

Na próxima terça-feira (15), o Governo Federal deve definir pelo retorno ou não do Horário de Verão, em 2024, quando uma reunião técnica apontará qual será a decisão a ser tomada. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que, se a medida for aprovada, sua adoção ocorrerá após o segundo turno das eleições, previsto para o dia 27 de outubro, para permitir a adaptação de setores como o aéreo, que necessitam de planejamento prévio.

O ministro destacou que o Horário de Verão é uma política amplamente utilizada em países desenvolvidos e que sua aplicação no Brasil não deve ser influenciada por questões ideológicas. Silveira relembrou que a prática foi suspensa em 2019, mas que estudos técnicos podem justificar seu retorno este ano, caso sejam favoráveis.

Durante o evento Esfera Brasil, realizado em Roma, Alexandre Silveira também comentou que o presidente deu sinal verde para a retomada da medida, dependendo dos resultados da avaliação técnica. Ele enfatizou que a decisão está sendo tratada com cuidado, devido ao impacto em diferentes setores.

Suspenso durante o governo de Jair Bolsonaro, o Horário de Verão pode voltar a ser implementado para gerar benefícios no gerenciamento de energia e sincronização com práticas globais. O debate sobre sua volta reacende a discussão sobre suas vantagens econômicas e seu impacto na rotina da população.

O governo avalia usar R$ 9 bi de ‘saldo’ em conta de bandeiras tarifárias para evitar aumento na conta de luz. Sua adoção, entretanto, não foi perene ao longo do tempo e variou entre cidades e estados. Em 1966, o “Uniform Time Act” deu autonomia para que os governos estaduais definissem a aplicação ou não horário de verão, desde que contemplasse sua área geográfica.

 

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