O tão combatido capitalismo é o fruto da riqueza acumulada que, normalmente, é fruto do trabalho, da dedicação e empenho do empreendedor com foco na proposta concebida para um negócio.
Não há como acumular riquezas sem trabalho.
Já no século XVIII, Benjamim Franklin (1706-1790), um dos maiores artífices da revolução americana, assegurou ao povo americano, entre outras, que a preguiça anda tão devagar, que a pobreza facilmente a alcança; e ainda aconselhou: cedo na cama, cedo no batente, faz o homem saudável, próspero e inteligente.
Na verdade, Franklin foi um predecessor das ideias explicitadas no livro “A Ética Protestante e o Capitalismo” de autoria do sociólogo Max Weber em que conclui com a célebre frase: “O trabalho dignifica o homem”. E, com certeza, o tira da pobreza!
Weber pesquisou dados na Alemanha, sua terra natal, nos EUA e Inglaterra e percebeu uma característica interessante entre a posição econômica das pessoas e as religiões que professavam. As religiões que pregavam o “xô pobreza” ou a evolução da pessoa humana como forma de abandonar a pobreza, trabalhar, ganhar dinheiro, poupar, ficar rico ou melhorar de vida tinham os povos mais bem sucedidos; já as que pregavam o desapego às coisas ou bens materiais como forma de atingir a plenitude nos céus, tinham os povos mais pobres. Lógico, ao propagar o desapego, pregava, também, o incentivo ao ócio, ou a pobreza. Ou seja, ficar esperando as coisas acontecerem é selar a sorte com a pobreza.
Foi assim que, de repente, há menos de 40 anos, o povo chinês resolveu dar um basta na pobreza, rompeu laços com a cultura marxista e resolveu dedicar-se ao trabalho e mandar a pobreza embora. O sucesso que tornou a china a segunda maior economia do mundo, deveu-se à coragem e determinação de seu líder maior Deng Xiaoping (1905-1997), que desafiou o sistema até então reinante, de ideias socialistas, com a visão de Karl Marx e que pregava uma revolução e uma luta armada para mudar a sociedade e acabar com as injustiças sociais reinantes de então. Marx errou feio e concorreu para piorar o mundo com suas ideias.
E foi o que fez o líder maior chinês Deng Xiaoping ao convocar o povo chinês, no início dos anos 90, século XX: “Meu povo: trabalhai e enriquecei-vos. Nada errado nisto”. E foi o que aconteceu. Deng mudou os rumos daquele país com visão de futuro: promoveu reformas econômicas que denominou de socialismo de mercado nos moldes capitalistas, abrindo a economia para o capital estrangeiro, fato que atraiu vultuosos recursos que foram aplicados em novas fábricas, infraestrutura e investimentos variados.
Por aqui, neste mesmo tempo, nas Américas Central e do Sul, Brasil no meio, o exemplo chinês não fora seguido. Nenhum país teve a mesma sorte do povo chinês. Sim, nas Américas citadas, o chamado maior foi : “Sindicalizai-vos e contribuais para o Sindicato tal,” resultando disto um legado horroroso: só no nosso país chegamos a ter 16.500 Sindicatos que movimentavam, em 2017, antes da reforma trabalhista, 2,5 bilhões de reais sem nada produzir, aumentavam o custo Brasil e geravam 3 milhões de processos trabalhistas por ano. Efeito destas políticas na contramão da história mundial foi que todos os países caminharam para a pobreza. O ex-rico país Argentina é nosso exemplo clássico.
Apesar dos chamados tortos, temos no Brasil uma cultura empreendedorista. Sim, já são mais de 20 milhões de pequenas e médias empresas registradas e trabalhando, melhorando a cada dia, sacudindo a pobreza.
Parece-me um despertar para um “xô pobreza”. De outro lado, porém, vejo com tristeza uma nação de mais de 30 milhões de pessoas agarradas nas benesses do governo (Bolsas, BPC e outras) sem fim previsto. Serão eternamente pobres.
Passa da hora de nossos governantes acordarem e chamarem o povo para a ação, para o trabalho e para sair da pobreza, para melhorias, gerando riquezas para todos. Chega de bolsa família sem fim, ajuda disto e daquilo. É hora de iniciar e/ou voltar ao trabalho dignificante.
O chamado ao ócio está empobrecendo nosso povo. Não é o melhor caminho!